Seguindo os passos do ídolo
29/02/2012 - Jornal do Commercio
Renomado cavaleiro brasileiro, Vítor Teixeira vê com bons olhos o futuro do hipismo no Estado“O Recife está passando por um momento de renovação, e é necessário que seja feito um trabalho a longo prazo. Um cavaleiro leva, em média, quatro anos para ser lapidado.”
Aos 54 anos, e ainda em atividade, é com bons olhos que o renomado atleta brasileiro Vítor Alves Teixeira, um dos maiores nomes do hipismo no País – soma no currículo três participações em Olimpíadas, além de nove títulos brasileiros e vários internacionais –, vê o futuro da modalidade no Recife.
E a motivação tem fundamentos. Isso porque a capital pernambucana já revelou grandes nomes do hipismo nacional. É o caso do campeão sul-americano Marcelo Veiga e de Guilherme Saraiva e André Miranda, todos eles radicados em São Paulo. Mais recentemente, a cidade ainda voltou a ocupar os primeiros lugares da classificação nacional, já que o jovem cavaleiro Paulo Miranda, de apenas 11 anos, se tornou campeão do ranking brasileiro no ano passado.
Para Vítor, no entanto, o grande problema é a falta de oportunidades para grande parte dos atletas. Por exemplo, o número de competições entre cavaleiros que fazem parte do eixo Rio-São Paulo é muito maior do que as que ocorrem em Pernambuco, até mesmo pela quantidade de praticantes e pelas condições de treinamento.
“Se só existe um cavaleiro olímpico no Estado, não é possível que se realizem competições à altura dele, o nível vai sempre estar abaixo do que se espera. O jeito é procurar outros polos”, contou ele.
“O mesmo acontece com relação à Europa: por melhores que possam ser as condições de treinamentos no Brasil, hoje existe uma facilidade muito grande de intercâmbios e trocas de informações com gente do mundo todo, e essas oportunidades não podem ser desperdiçadas”, completou, fazendo referência a um dos principais cavaleiros do País, o campeão olímpico em Atenas (2004) Rodrigo Pessoa, que vive na Bélgica.
Mesmo assim, o mineiro radicado em São Paulo está otimista quanto a participação das equipes brasileiras nas próximas provas internacionais, especialmente nos Jogos Olímpicos de Londres, que acontecem na metade do ano.
“Acredito que estamos entre os seis melhores países do mundo, e esse é o objetivo que devemos buscar nos Jogos. A medalha de ouro depende muito da inspiração no momento de entrar em ação, é decidida em apenas um dia. Tudo tem que dar certo”, contou.
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